Fotos de André Barone
CAMPINAS
23 / 09 / 2018
Iniciamos nossa jornada na Fazenda Roseira, fundada no início do século XIX e com sede datada de 1840. Abandonada nas últimas décadas, encontra-se plenamente restaurada hoje pelos seus proprietários. No fim da tarde, caminhamos até a Usina Macaco Branco, praticamente ao lado da Fazenda Roseira, hidrelétrica em atividade pertencente à CPFL Santa Cruz e inaugurada em 1912. A usina, a fazenda Roseira e sua vizinha, a fazenda Espírito Santo serão inundadas para a construção do grande reservatório hídrico previsto pelo Departamento de Água e Energia Elétrica (DAEE) do Estado de São Paulo no Rio Jaguari e que ocupará uma área de 2,1 quilômetros quadrados entre Campinas e Pedreira. Portanto, toda a área visitada, incluindo o patrimônio cultural, a vegetação existente e todo o seu bioma desaparecerão para sempre em breve.
Neste passeio cultural não pretendíamos simplesmente defender a construção do reservatório ou rechaçá-la sem discussão. Nossa intenção foi analisar e discutir com todos os participantes as diversas maneiras de pensar em conflito neste impasse, que vão muito além dos interesses ideológicos, políticos e econômicos imediatos em jogo. Nossa pergunta central foi: a atual maneira de viver de nossa civilização será sustentável e sensata por quanto tempo?
Vários artistas plásticos propuseram atividades de expressão, pensamento e exploração do tempo e do espaço ao nosso redor. As atividades artísticas pretenderam propor uma aproximação do participante com o local de uma maneira diferente: convidando o olhar sensível a interagir com o ambiente através do gesto. Artistas desenvolveram diferentes atividades relacionadas com aquele lugar incentivando o grupo a experimentar as práticas artísticas. As propostas aconteceram ao ar livre, às margens e no leito do Rio Jaguari e na Fazenda Roseira.
Para ver o cartaz do passeio, clique
na imagem ao lado:
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