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Fotos de André Barone

CAMPINAS

23   /   03   /   2019

Nossa jornada começou com o encontro de todos os participantes em frente ao Mercado Municipal de Campinas. Após discurso de reconhecimento, conversamos com Ederson Pereira (diretor do Mercadão) e, em seguida, iniciamos nosso passeio cultural, explorando toda a área externa e interna do prédio. Finalizamos o nosso passeio no Mercado Campineiro (R. Barão de Jaguara, 988), comparando sua história com a do Mercadão.

 

Desde sua inauguração em 12 de abril de 1908, até épocas não muito distantes, o Mercadão como é chamado pelos moradores da cidade cumpria quatro funções centrais: centro de abastecimento e distribuição de alimentos (hortaliças, frutas, cereais, animais vivos para abate, carnes para consumo, utensílios manufaturados para cozinha e para lavoura, outros produtos variados), local de encontro e promoção da vida coletiva de Campinas (se a Catedral cumpre essa função voltada à vida espiritual, o mercado o faz tendo a vida material como ocupação), lugar da exuberância dos sentidos (não seria exagero dizer isso: as formas, os cheiros, os sabores, o burburinho dos frequentadores e dos músicos populares que por lá se exibiam faziam do mercado central uma festa para os sentidos), marco da ambição das elites campineiras (seu prédio é suntuoso para uma cidade do interior paulista, tendo o arquiteto Ramos de Azevedo escolhido o chamado “estilo neomourisco” em sua fachada e no prédio todo como evocação das imagens de luxo, sofisticação e exotismo trazidas pelos mercados orientais, ou seja, não familiares às sensibilidades cristãs).

 

Sugerimos seis referências bibliográficas para estudos de aprofundamento na história do Mercado Municipal de Campinas:

 

    

1. MARTINS, Valter. Mercados Urbanos, Transformações na Cidade: abasteci-  mento e cotidiano em Campinas, 1859 – 1908. Campinas: Editora da UNICAMP, 2010.

2. PROTTI, Giselle Guimarães. O Mercado Municipal de Campinas: questões sobre revitalizações dos centros históricos. Campinas: PUCC, 2010. Dissertação (Mestrado).

3. MURARO, Cirilo. Orosimbo Maia, Eterno Prefeito. Campinas: Pontes Editores, 2016.

4. LAPA, José Roberto do Amaral. A Cidade: os Cantos e os Antros (Campinas, 1850 – 1900). São Paulo: EDUSP / Campinas: Editora da UNICAMP, 2008.

5. BADARÓ, Ricardo. Campinas, o Despontar da Modernidade. Campinas: Área de Publicações CMU / UNICAMP, 1996.

6. HARVEY, David. Paris: Capital da Modernidade. São Paulo: Editora Boitempo, 2015.

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